Eduardo Campos: Falta vontade política para fazer Brasil crescer
PHELIPE, Marcos. Eduardo Campos: Falta vontade política para fazer Brasil crescer. Em debate promovido pela
CNI, candidato disse que a reforma tributária será uma das primeiras ações, 30/07/2014. Disponível em <
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:hHbF-Im1PJwJ:portalpe10.com.br/noticias-intro/3443/eduardo-campos-falta-vontade-politica-para-fazer-brasil-crescer+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br >. Acesso em 12 fev. 2016.
No debate promovido pela Confederação Nacional da Indústria (
CNI), nesta quarta-feira (30/07/2014), o candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) frisou que o país precisa de uma indústria competitiva e de uma reforma tributária. Para ele, falta “vontade política e coragem” para colocar em prática as mudanças que o Brasil precisa.
Se eleito, Campos disse que a reforma tributária será uma das primeiras ações dele no Executivo federal. “Eu serei o presidente da República que vai enviar a reforma [tributária] na primeira semana de governo ao Congresso Nacional. Vou tomar conta da articulação pessoalmente. Também serei o primeiro presidente do ciclo democrático que não vai aumentar a carga tributária neste país”, prometeu.
O socialista também lamentou o baixo crescimento do setor no Brasil. “Desde 2010, a
indústria brasileira está efetivamente estagnada. Nós sentimos isso nos indicadores de emprego, no quanto a indústria é parte da importação – para ficar viva a indústria brasileira tem importado muito. Essa é uma situação que exige de nós uma reflexão muito mais profunda do que uma simples crítica, do que buscar culpados e responsáveis. Nós precisamos ter uma indústria competitiva de caráter global”.
Gestão
Não tem solução para o que está aí sem um debate político profundo no Brasil. O padrão político de governança no Brasil esclerosou, faliu, não vai dar uma nova agenda de competitividade para a economia brasileira. Para o Brasil ter um ambiente seguro para investir, que anime os
investidores, precisamos de uma governança assegurada por outra lógica política, que não é essa – patrimonialista, fisiologista e atrasada, que tem uma cabeça no século XIX ou na Velha República. Nós precisamos entender que antes de a solução estar na economia, é na política. Representamos a única possibilidade de quebrar o presidencialismo de coalizão e unir o Brasil em torno de uma nova visão, de desenvolvimento e de governança.
Planejamento
Nós precisamos oferecer segurança macroeconômica para o mundo e para o Brasil , tendo responsabilidade com os fundamentos. Um governo que não faça política de curto prazo, que valorize o longo prazo e o contrato, que dê segurança a quem quer investir e tem muita gente no mundo querendo investir no Brasil.
Fazenda
Quando alguém do PSB diz que defende um Banco Central independente é porque o Brasil precisa desse gesto para recuperar o crédito que o Brasil perdeu no mundo nestes últimos anos. Quando eu digo que é necessário instalar um Conselho Nacional de Responsabilidade Fiscal é porque o Brasil precisa fazer conta e as contas não podem ser escondidas nem maquiadas, tem que ser reveladas para saber quanto custa cada
decisão política no Brasil.
É fundamental que façamos a agenda da produtividade do setor privado e do setor público, que passa por uma extensa discussão que vai para educação, regras do mundo do trabalho, para a questão da infraestrutura, uma agenda que precisa ser comandada pelo presidente da República, com democracia, responsabilidade e respeito à liberdade.
Educação
Fiz uma experiência de escola em tempo integral, que é a maior experiência de escola em tempo integral de ensino médio no Brasil. Ter em Pernambuco mais alunos em tempo integral do que Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro juntos é a prova que há dinheiro, falta a decisão política de fazer.
Inovação
A pesquisa e o desenvolvimento no Brasil nos últimos anos não andam bem. Nós tivemos um avanço e paramos, retrocedemos no percentual de pesquisa e desenvolvimento em relação ao
PIB. Precisamos ter um olhar mais sistêmico sobre inovação. O Sibratec foi uma experiência de fazer redes para ir buscar as competências. Aí, inventam a Embrapa, que não sai do papel. Precisamos rever os nossos incentivos à inovação, para não serem de faz de conta.
O Brasil precisa de uma política de relações exteriores que não seja de partido, mas de Estado. O Brasil tem que usar esse grande capital que ele tem. A nossa inserção do mercado global tem que ter uma estratégia ativa, a partir dos nossos interesses. Precisamos voltar a discutir a nossa pauta de relação com os parceiros mais maduros do Brasil. Não podemos ter preconceitos e essas relações não podem ser excludentes. Nós precisamos destravar o Mercosul.
É fundamental cuidamos da infraestrutura. Há uma seleção dos principais projetos que somam R$ 300 bilhões em hidrovias, ferrovias, portos, rodovias, gasodutos. O que falta é uma palavrinha mágica, que essa eu conheço e chama-se gestão. Temos que fazer projetos de qualidade, licenciamento, monitorar e entregar efetivamente. Dois movimentos são fatais: o primeiro é
regulação e o segundo é o preconceito. O Estado não tem no Orçamento os recursos para infraestrutura.
Trabalhadores x Classe patronal
Não há como discutir as regras do mundo do trabalho tirando direito dos trabalhadores. É possível um diálogo entre empresários e trabalhadores. Brasil também precisa discutir, sim, um marco regulatório da terceirização.
Não é necessário 39 ministérios para governar o Brasil. Não é necessário 22 mil cargos comissionados para governar o Brasil. Não é necessário o Brasil ficar de joelhos à chantagem política renunciando ao mérito, à competência. O governo não pode atrapalhar a sociedade.
Pernambuco
Governei um Estado que jamais se imaginava que conseguisse multiplicar por quatro os investimentos públicos. E não teria feito isso se não tivesse a coragem de quebrar a velha política para instituir a participação, a transparência, os mecanismos de controle, as remunerações variáveis de acordo com os méritos.
Processo:
organização em estado
Aprendizado e crescimento:
serviços em mobilidade,
reforma política
Palavras-chave:
estado em reforma,
níveis de ensino,
desenvolvimento local,
prática democrática
Keywords:
educating change in evidence
Brasil:
Brasil em perspectiva,
estruturação interinstitucional no Brasil
Resultados:
futuro do trabalho,
emprego no mundo,
eleições 2016,
world in 2016,
GetGC
MOISES, José Álvaro. Dilemas da consolidação democrática no Brasil. Lua Nova, São Paulo , n. 16, p. 47-86, Mar. 1989 . Available from <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64451989000100003&lng=en&nrm=iso >. access on 10 Feb. 2016.
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-64451989000100003.
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GregorioIvanoff - 17 Feb 2016
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