Fairbanks (O Estado de São Paulo, 2002) (co-autor de Plowing the Sea: nurturing the Hidden Sources of Growth in the Developing World / Arando o Mar: Fortalecendo as Fontes Ocultas do Crescimento em Países em Desenvolvimento) concedeu entrevista exclusiva, ao Estado, uma semana antes de vir ao Brasil, para participar do Fórum de Presidentes do Conarh 2001.
"[...] Fairbanks também falou da necessidade de o País inovar sua pauta de exportações. "As pessoas no Brasil pensam que os
recursos naturais fazem do Brasil um país rico", observou. Mas o que está em jogo não são as belas praias, ou mão-de-obra barata.
O problema, segundo ele, é que se o empresário compete na dimensão do preço, tem de manter salários muito baixos. "Isso significa que quanto mais se trabalha, mais pobre se fica."
"Quando um país está exportando nessas bases está criando pobreza."
Segundo ele, na
crise com a Argentina, por exemplo, o país está apenas competindo para ver quem pode ficar mais tempo exportando a pobreza. Mas adverte: "Isto não é um problema do governo, mas um desafio para o setor privado."
Fairbanks diz que há um novo paradigma de competitividade, sinônimo de riqueza. Segundo ele, ela está celebrada no conhecimento e atitudes. São esses pressupostos que estão dando apoio à renovação. "É preciso confiança e olhar o futuro com uma orientação para fora do País. O empresário não pode mais ficar focado só nas atitudes do governo ou em fatores básicos", acrescentou.
O empresário, portanto, tem de focar na estratégia da sua companhia e entender bem onde que a sua empresa compete, a partir de uma boa aprendizagem das necessidades dos clientes.
Segundo Fairbanks, há no Brasil duas
classes empresariais. A primeira, formada de apenas 10% do total, é mais sofisticada, competente e criadora de inovações. A segunda, está mirando no passado, "O primeiro deverá ensinar o segundo grupo a competir", afirma"
Segundo RICUPERO (2002): "Embora o aumento significativo das exportações seja condição indispensável para o Brasil superar o estrangulamento externo, não é por si suficiente para assegurar o verdadeiro desenvolvimento. Ao contrário de crença generalizada, a expansão das exportações nem sempre acarreta o crescimento acelerado da economia ou sua mudança qualitativa. Pode acontecer que um país faça crescer enormemente suas vendas externas e, em vez de melhorar, acabe piorando em
valor adicionado dos produtos exportados".
Estudo da Unctad "verifica, por exemplo, que nos últimos anos os países industrializados reduziram suas exportações de manufaturas de 80% para 70% do total mundial, mas melhoraram, ao mesmo tempo, o
valor agregado e a renda que extraem dessas vendas. Enquanto isso, os países em desenvolvimento aumentaram até cerca de 30% sua participação como fornecedores de manufaturados, mas, salvo poucas exceções, não expandiram de modo expressivo o
valor adicionado das exportações" (RICUPERO, 2002).
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GregorioIvanoff - 12 May 2009
Processo:
desenvolvimento em comunidades
Palavras-chave:
exportação em crise,
economia em mudança,
vocação em países,
bens de capital,
atividades produtivas,
cultura exportadora,
resultados,
mudança,
crise
Resultados:
2020
RICUPERO, Rubens. Exportar não basta. Folha Dinheiro, Coluna Opinião Econômica, 5 mai. 2002. Disponível em <
http://br.groups.yahoo.com/group/getgc/files/%283%29%20Desenvolvimento%20nas%20Comunidades/Na%80%A0%A6%E7%F5es%20Unidas%20UNCTAD%20/ >. Acesso em 12 mai. 2009.
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=orienta%C3%A7%C3%A3o+soci%C3%A1vel+human%C3%ADstico+exporta%C3%A7%C3%A3o&btnG=Pesquisar
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GregorioIvanoff - 14 Jan 2019
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